terça-feira, 17 de julho de 2012

Espelho

Beirando um sono inconstante e quase macabro, noto o quanto os fatos do dia influenciam nossas mentes e nos fazem sonhar com coisas que remetem ao fato em si, mas com um toque todo especial.

Como uma alegoria, vi sentados a minha volta vários mensageiros de terras distantes, bebendo e se divertindo, rindo e bebendo mais ainda.

Havia comigo um pequeno espelho, encrustrado de belas pedras preciosas de todas as cores possíveis. Nele eu podia ver em forma de imagem os meus pensamentos, misturados a imagens que o próprio espelho criava.

O espelho falava e suas palavras serviam de inspiração para que eu imaginasse mais coisas e deixasse fluir para ele as imagens que me vinham.

E o espelho me ouvia falar das minhas outras preocupações, ávido por saber mais e tentar ajudar.

Eu ouvia o espelho dar seus conselhos e me contar como era ser um espelho e como era sua vida antes de se tornar um espelho.

Notei que eu não estava ali sozinho, mas que havia vida naquele espelho. Uma vida tão complexa e fascinante quanto a minha, senão fosse ainda mais até.

Me vi na companhia de um amigo de longa data. Daqueles que as palavras servem apenas para encher os vazios, pois para compreender um olhar apenas é satisfatório.

Como o âmago da amizade sempre tem dois lados. Por mais, que se veja no amigo um espelho a refletir o que se tem de bom em si, sempre há no outro algo que é só dele, um mundinho só seu, e que esse mesmo pode estar procurando seu reflexo em você.

Fonte: letsduarte http://letsduarte.deviantart.com/art/Enantiomorfismo-127732151?q=boost%3Apopular%20espelho&qo=155


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